
Foto: André Durão — retirada de reportagem do G1.
O mês de agosto de 2025 marcou um capítulo histórico para a ginástica rítmica brasileira. No Parque Olímpico do Rio de Janeiro, diante de uma torcida vibrante, a seleção conquistou suas primeiras medalhas em um Mundial da modalidade. O feito veio com duas pratas no conjunto: a primeira no concurso geral e a segunda na série mista.
Emoção no concurso geral
A equipe formada por Duda Arakaki, Nicole Pircio, Sofia Madeira, Mariana Gonçalves e Maria Paula Caminha alcançou 55.250 pontos no total, ficando apenas 0,300 atrás do Japão, que levou o ouro. Mais do que números, foi a sensação de vitória após anos de treino intenso.
“Foi maravilhoso, a melhor competição da minha vida”, declarou a capitã Duda, emocionada. E não era para menos: a coreografia executada ao som da clássica música popular Evidências contagiou o público, que cantou em coro e aplaudiu de pé o desempenho impecável.
A prata na série mista
No dia seguinte, o conjunto voltou à quadra com ainda mais confiança. Na final da série mista, com 3 bolas e 2 arcos, o Brasil conquistou novamente a prata, dessa vez ficando apenas 0,100 atrás da Ucrânia. A apresentação foi descrita como “a melhor série de nossas vidas” pelas próprias ginastas — uma performance vibrante que arrancou lágrimas da torcida e da comissão técnica.
Essas conquistas representam um salto gigantesco em relação ao desempenho de 2023, quando a equipe terminou em sexto lugar. Agora, o Brasil se consolida como uma potência em ascensão, mirando os próximos ciclos olímpicos com otimismo.
Ginástica rítmica: quando esporte e arte se encontram
A ginástica rítmica é um espetáculo que vai além da competição. Unindo a técnica dos aparelhos ao refinamento do balé clássico, a modalidade transforma cada rotina em uma obra de arte.
O balé é a base que dá leveza, musicalidade e consciência corporal às ginastas, permitindo que movimentos complexos se tornem poesia em cena. Ao incorporar músicas populares e elementos culturais brasileiros, as apresentações no Rio 2025 mostraram que a GR também é uma forma de expressão artística que dialoga com o público.
Um legado que inspira
O impacto dessas medalhas vai muito além do pódio. Ele inspira jovens atletas, professores e bailarinos a acreditarem que disciplina, dedicação e paixão podem transformar sonhos em realidade. Como disse uma das ginastas: “A cada movimento, sentíamos que a torcida vinha junto conosco”.
Esse é o verdadeiro legado do Mundial: mostrar que o corpo em movimento pode ser força, superação e arte. Cada giro, cada salto e cada arabesco ecoa agora como uma vitória não apenas do time brasileiro, mas de todo o país que vibrou junto.
Fonte: G1 — reportagem de Lucas Espogeiro (24/08/2025), adaptado.



